O salto para a descarbonização está a um passo com o modelo EaaS. Modelo permite a transição energética das indústrias sem a necessidade de investimento direto.

A indústria enfrenta um desafio complexo na busca pela descarbonização, devido à sua forte dependência de energias fósseis. Pela perpetuação significativa da emissão de dióxido de carbono (CO2) associadas aos processos produtivos.

Grande parte dos entraves associados à descarbonização prende-se, sobretudo, com questões económicas. No entanto, também a procura de uma alternativa aos combustíveis fósseis, capaz de responder eficazmente às necessidades energéticas dos processos produtivos que lhes estão associados.

Empresas, grandes consumidoras de energia, deparam-se com um dilema: enfrentar a transição energética imposta por diretrizes nacionais e internacionais, enquanto enfrentam consideráveis investimentos e incertezas quanto à eficiência de sistemas baseados em energias renováveis.

Aposta nas Energias Renováveis

• Uma possível resposta: Energy as a Service (EaaS)

Cientes destes desafios, as empresas do setor das energias renováveis têm-se adaptado às necessidades da indústria, criando novos modelos de negócio e de financiamento, por forma a facilitar que os setores de atividade, no geral, e as empresas em particular, alcancem a transição energética. O Energy as a Service (EaaS) é um modelo de negócio que oferece soluções completas e personalizadas de energia para cada consumidor.

Este modelo permite que empresas implementem soluções que visam a redução da sua pegada de carbono, nomeadamente através da instalação de centrais fotovoltaicas, sem a necessidade de investimento direto. As empresas especializadas em energia podem assumir a responsabilidade pela instalação, operação, manutenção da central fotovoltaica. E, em alguns casos, sistemas de armazenamento de energia (baterias).

Uma das grandes vantagens do EaaS é a empresa adquirente poder beneficiar das melhores tecnologias associadas à transição energética, sem ter de alocar os seus recursos financeiros.

O investimento é nulo, por parte do beneficiário, sendo da total responsabilidade da entidade parceira, responsável por implementar o projeto, operar e manter o sistema, permitindo, dessa forma, que a empresa adquirente. Além disso, permite o benefício direto da poupança decorrente não só do autoconsumo da energia que é produzida pelo sistema, mas também da energia que é vendida à rede.

• Renewable Energy as a Service (REaaS) Vs. Autoconsumption as a Service (ACaaS)

Neste contexto, empresas acreditadas atestam que os investimentos feitos em projetos de eficiência energética são fiáveis e cumprem os requisitos para maior rentabilidade. A Ecoinside, qualificada pela entidade internacional Investor Confidence Project – ICP, para atuação em projetos de investimento mediante contratos de desempenho energético que asseguram soluções técnicas capazes de estabelecer um balanço rentável para os intervenientes, desdobra o modelo EaaS em dois submodelos – o “Renewable Energy as a Service” (REaaS) e o “Auto-Consumption as a Service” (ACaaS), criando duas variantes que garantem o modelo mais adequado a cada projeto.

Ambos dependem de um acordo, normalmente, tripartidário entre – cliente (consumidor interno), empresa tecnológica e operadora (responsável do projeto e instalação), e a entidade que financia o projeto. Estes submodelos têm como principal finalidade, gerar energia, visando reduzir a dependência da rede elétrica convencional e, por conseguinte, a redução da pegada carbónica. Tanto o REaaS como o ACaaS produzem proveitos financeiros, de forma direta ou indireta. Seja pela racionalização direta de custos com energia, por parte do consumidor interno, mas também pela venda da energia excedente, à rede ou a terceiros, que se irá consubstanciar em proveitos económicos ainda maiores.

Já as suas diferenças resultam da necessidade de adequar um sistema e modelo de gestão à oportunidade. Por um lado, o REaaS, mais abrangente, não se limita apenas ao consumidor interno. Permitindo que parte da energia produzida pelo sistema fotovoltaico seja encaminhada para abastecer a rede elétrica e, em alguns casos, ser fornecida para clientes externos. Por outro lado, o ACaaS, sobretudo, disponibiliza um serviço de produção de energia renovável, que vai gerar um benefício direto da poupança decorrente da produção autoconsumida, para consumo interno, visando reduzir a dependência da rede elétrica convencional.

Principais benefícios:

1. Redução de custos – Permite reduzir a dependência das empresas, em relação a fontes tradicionais de energia, e economizar a longo prazo. Tudo isto através de um modelo flexível, que se ajusta às suas metas financeiras e que não implica qualquer investimento inicial;
2. Soluções personalizadas – O serviço é adaptável às necessidades específicas das empresas. Desde a avaliação inicial até a implementação completa, cada etapa é projetada para se adequar ao perfil energético dos clientes;
3. Sustentabilidade ambiental – Potenciar a transição energética para fontes de energia mais limpas, reduzindo as emissões dos gases que provocam efeito de estufa e contribuindo, dessa forma, para a mitigação das alterações climáticas e para o cumprimento das diretivas nacionais e internacionais sobre a neutralidade carbónica.
4. Inovação tecnológica – As empresas parceiras que gerem os projetos e serviços inerentes, estão constantemente a inovar, desenvolvendo e implementando tecnologias mais eficientes e avançadas para potenciar ao máximo a produção de energia a partir de fontes renováveis;
5. Simplificação do processo – Com a transferência das responsabilidades, de todos os processos, desde a gestão, burocrática e administrativa, assim como a operação e manutenção dos sistemas, para as empresas tecnológicas especializadas, as empresas adquirentes beneficiárias podem concentrar-se nos seus principais processos e operações da sua atividade.

Em suma, estes modelos, EaaS e suas variantes, permitem que as empresas e instituições alcancem os seus objetivos de sustentabilidade sem qualquer tipo de investimento inicial. Cumulativamente, possibilita que o foco esteja permanentemente assente nas suas operações e processos principais, dado que a empresa parceira, especializada em energia, tratará de todos os aspetos relacionados com o processo da transição energética, garantindo eficiência, confiabilidade e redução de custos.

Departamento de Marketing & Sales da Ecoinside